Sufrágio

31 de ago. de 2010

Creio na vida eterna.


Creio na ressureição da carne e na vida eterna.
Com este grito, cheio de confiança, termina o
Credo Cristão.
Nele se fundamenta toda a nossa fé.
Vida eterna!
Promessa! Esperança inconcebivel!
Gozo incompárável!
Que alento e consolações, e que forças para a vida irradiam
deste dogma bendito da nossa fé!
Vida eterna! ah! então não é tragedia tão angustiante a
minha vida sobre a terra, ainda que não seja mais do que
dor e sofrimentos incessantes! Se há vida eterna, já não é
mal tão espantoso passar por esta vida, ainda que seja sem
encontrar compreensão nem amor. Se existe vida eterna,
já não é tão horroroso o momento em que a morte me
arrancar à existencia terrena. Se existe vida eterna, a vida
efemera deste mundo só pode ter uma finalidade importante:
-assegurar a própria eternidade ditosa......
Ah! sim, se existi vida eterna!......
Mas, se não existe?.......
é absolutamente certa a sua realidade? podemos pronunciar
com certeza irrefragavel as ultimas palavras do Credo:
-Creio na vida eterna? Não será mera ilusão? Não será
sonho falaz? Não será anelo sem fundamento?
Se lançarmos uma vista de olhos à historia do espírito humano,
veremos que desde os tempos mais remotos lutam entre sí,
dividindo os homens em dois grandes campos, duas
concepções do mundo.
1º - Viver, gozar, diverti-se, já que tão curta é a vida e
depois dela vem o nada!
-esta é a visão do 1º grupo.
2º - De que serve ao homem ganhar todo o mundo
se vem a perder a sua alma?
-esta é a visão do 2º grupo.
Todos, sem excepção, temos de escolher uma das
duas divisas.
Qualquer que seja a divisa que escolhas, decidirás
com ele teu futuro.
Se não há outro mundo, se não há vida eterna,
será loucura que te negues
o bem-estar mais completo neste mundo.
Se o outro mundo não existe;
-Adiante! a gozar sem freio, a sorver quanto possas o sumo da
felicidade que encerram em si os anos desta vida!
Realmente , a única questão decisiva de toda a
vida humana é esta:
Existe ou não existe o outro mundo?
Questão decisiva a que não podemos esquivar-nos.
Não podemos ser como o pobre soldado do conto, que
se esqueceu de rezar em casa.
Mas no combate, debaixo duma chuva de balas, principiou
a rezar desta maneira:
" Deus meu ( se é que há Deus), salva a minha alma
( se porventura existe alma), para que não me precipite
no inferno ( caso ele exista) e entre no céu ( se existe ceu)........
Não, amigos:
- Nós não podemos proceder desta maneira. Temos de dar
uma resposta definitiva: existe ou não existe a vida eterna.
Quão diferente será a minha vida, segundo acreditar ou
não no além!
quão diferente será desde já a minha vida neste mundo!
Se creio que esta vida não é mais do que um começo, e que
ante o Trono justiceiro de Deus me
espera a sua continuação, já não terá para mim problemas
insolúveis,
já não me quebrantará a injustiça terrena e
manter-me-ei firme
ainda no meio das lutas mais árduas da vida. Sim, esta vida
terrena só encontra o objetivo final na vida eterna.
Que sucederá se não creio no outro mundo? Então contarei
por milhares os males, os sofrimentos, enfermidades e morte
que me contemplam como esfinges com espressão terrivel.
Sem a fé na vida eterna, é tormento insuportável
a vida deste mundo.
é como locomotiva que corre sem freios pelos carris até
precipitar-se no abismo.
Quão distinta é a própria morte, conforme eu creia ou
não na vida eterna!
Morre o incrédulo e morre o que crer na vida eterna. Há,
porem, uma diferença como do céu à terra entre a morte
de um e do outro.
A vida é continuo morrer e somente na ultima hora
cessamos de morrer. Este momento final chega também
para aquele que não acreditou na vida eterna.
Realmente, a grande sabedoria da vida é esta: encara-la
do ponto de vista da morte, e olhar a morte à luz
da vida eterna.
Assim se transforma a morte na grande niveladora e
orientadora da vida.
Ao triste e dolorido segredo: Tem paciência, já
não durará muito.
Ao frívolo, diz Cuidado, tudo se acaba em breve! Ao orgulhoso,
diz espera, espera um pouco e já verás o que será feito de ti!
E ao que luta conscienciosamente: Persevera porque na hora
final receberas a recompensa!
A morte não é o fim de tudo. É a porta duma vida
que não morre.
vencemos a morte.
O Purgatório e o inferno incitam-nos à conquista do bem e
da virtude nesta vida tormentosa. Mas não há comparação
entre as nossas lutas e o peso imenso da glória futura.
O esforço dura 40, 50, 60 anos..... a apoteose na glória é
por seculos sem fim. Detras das montalhas das dificuldades
desta vida, está o Céu.
Coragem..........
Não morrerei inteiramente.
Viverei para além da morte.
Creio firmemente na ressurreição da carne!
Creio na vida eterna!



26 de ago. de 2010

Deveres sagrados e esquecidos

Sim, bem sagrados e graves são nossos deveres para com os mortos. Temos obrigação de justiça e de caridade em sufragar os defuntos. Não bastam lágrimas, flores,coroas, homenagens póstumas. Tudo isto é mais consolo para os vivos que alívio para os mortos, dizia santo Agostinho.
Devemos, pois, socorrer os defuntos.

1º - Em razão do parentesco e do sangue.

2º - Por gratidão, aos benfeitores nossos.

3º - Por justiça.

4º - Por caridade.

Próximos mais próximos de nós, dizia São Francisco de Sales, naturalmente são nossos pais.
Não nos esqueçamos da alma de um pai querido, de uma saudosa mãe.
foram tão carinhosos e se sacrificaram por nós!
Não estarão talvez no purgatório? Nosso amor filial os canonizou logo depois da morte e os colocou no céu!
Ah! e talvez gemam e sofram no purgatório. Estão salvos, é verdade, no seio de Deus, entre as santas almas, porém.... são terríveis os sofrimentos do purgatório.
Há de ser penoso e horrendo o esquecimento dos nossos nas chamas do purtório!
Não sejamos ingratos. Oremos por todos quantos nos fizeram algum benefício na terra. A gratidão não pode morrer à beira da sepultura de nosso benfeitor. vai além, corre em auxílio das almas do purgatório!
E, finalmente, deveres de justiça e caridade. De justiça porque somos obrigados a orar por aqueles aos quais estamos ligados por laços de parentesco e de gratidão.
E...... caridade. "Não há, diz São Francisco de Sales, maior ato de caridade do que orar pelos mortos. É um resumo de todas as obras de caridade.
Lembremo-nos das pobres almas sofredoras do purgatório. Não temos criaturas que tanto amamos na terra e que hoje nos ferem o coração por uma saudade amarga?
Ah! não bastam as lágrimas e as flores da sepultura.Isto é mais consolo para os vivos.
O que aproveita aos mortos é sufrágio. Santifiquemos nossa saudade pela caridade.
Lembramo-nos que talvez gemam no purtório os que tanto amamos! Por eles mandemos celebrar o santo sacrifício da Missa, façamos algum ato de caridade aos pobres,uma Comunhão, um Rosário de Maria!

Jaculatória.

Senhor, em vossa mãos encomendo o meu espírito, Guia-me no caminho do bem e da virtude,tende piedade de nós, das almas e de todos os pecadores do mundo.


25 de ago. de 2010

Porque são esquecidas.

Sufraguemos nossos mortos. Não os deixemos esquecidos sob qualquer pretexto comodista e de gente sem fé. O purgatório é terrível e para algumas almas é bem longo. Devemos ter compaixão e carinho por nossos entes queridos que a morte arrebatou.
Ao céu chegam as almas só depois de longos e dolorosas purificações. Não digamos de cada um que morre:
-Está no céu!
Temos o costume de logo canonizar nossos mortos, dizendo:
-Estão no céu! E nem mais rezamos por eles, deixando-os esquecidos no purgatório. É uma ingratidão bem comum. No céu entram as pobres almas só depois de longas e dolorosas purificações. E quem sai desta vida tão santo e perfeito que não mereça o purgatório? Nunca deixemos de orar e muito e por longo tempo pelas almas de nossos mortos queridos.
Há pobres almas destinadas a um longo sofrimento nas chamas espiadoras . Só Deus sabe o que elas padecem, por elas a santa Missa, e repetem tranquilos:
-Está no céu!
Disto teve receio Frederico Ozanan, o piedoso apóstolo das Conferências Vicentinas. Lemos no seu testamento:
_ "Não vos deixeis levar por aqueles que disserem:
" ele está no céu!" Rezai sempre por aquele que muito vos ama, mas que também pecou muito. Ajudado pelas vossas orações, deixarei a terra com menos receio".
Não nos iludamos com o purgatório. Seus sofrimentos são muito grandes e é mister uma grande compaixão, uma grande misericórdia para com os mortos. Ai! esquecer os mortos sem sufrágios é doloroso, é de consequencias tristes! Oremos pelas benditas almas.
Vamos em socorro dos nossos pobres irmãos da Igreja padecente.


Jaculatória.
JESUS, MARIA, EU VOS AMO, SALVAI ALMAS!!!





21 de ago. de 2010

Os Esquecidos

Como são esquecidos os mortos!
Santo Agostinho se queixava de que os mortos são muito esquecidos.Realmente, Vai-se logo a memória dos defuntos com as derradeiras flores lançadas sobre a sepultura. Quando morremos, partimos para aquela região que a Escritura chama terra oblivionis ( a terras do esquecimento.) Não tenhamos muitas vaidades nem ilusões. Seremos esquecidos!
Quem se lembrará de nós alguns anos após a nossa morte? Talvez uma lembrança vaga, uma evocação de saudade muito apagada. E como somos orgulhosos hoje! tanto nos fere à mágoa um esquecimento mesmo involutário! felizes os que se desiludem e se desapegam das amizades e vanglórias da terra antes que chegue a Mestra e Doutora da vida a Morte!
Como se compadecem todos dos enfermos! Que carinho e solicitude e mil sacrifícios em torno do leite de um doente que geme! Porém, veio a morte.Pranto, homenagens sentidas, flores, túmulos e....... esquecimento. Hoje afastam a idéia da morte como se fossemos todos imortais. É mister esquecer os defuntos, deixalos no tumulo, evitar esta preocupação doentia da morte e da eternidade.
Morreu....... acabou-se! Vamos rir, vamos dançar e cantar. Deixemos que a vida corra alegre e feliz. Não pensemos mais na morte e muitos menos em mortos. Não é assim que fala e age o mundo louco e materialista de hoje?
Ai! como são esquecidos os mortos! O materialismo estúpidos não compreende nem a beleza, nem a consolação, e o culto da memória dos mortos como o tem a Igreja Católica. Para nós, eles não morreram, mudou-se-lhes a condições de vida: Vita mutatur, non tollitur!
Na sepultura não se acaba para sempre o homem. cremos no que dizemos cada dia no Credo: Eu creio na ressurreição da carne e creio na vida eterna.
A piedade para com os mortos é um ato de fé na vida eterna, uma doce ceteza de que nossos mortos queridos não estão perdidos para sempre ao nosso amor. Havemos de os encontrar um dia no seio de Deus! como é doce, consolador e belo crer na imortalidade e esperar a vida eterna. Pois se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E se cremos no purgatorio: oremos pelos nossos mortos.
-Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno!
Não sabemos então que é nosso interêsse orar pelos mortos?
Um dia também iremos para eternidade e nas chamas do purgatório acharemos tudo quanto tivermos feito na terra pelos mortos. Vamos, pois fazer penitência,Missas, Rosarios, orações fervorosas pelos nossos mortos queridos.
Como são esquecidos os mortos! exclama Sto. Agostinho! e no entanto, acrescenta Saõ Francisco de Sales, em vida eles nos amavam tanto e (quem sabe?) estão no purgatório por nossa causa....
Nos funerais, lágrimas, soluços e flores. Depois, um túmulo e o esquecimento......
Como são esquecidos os mortos!
Tende compaixão de mim!
Tende compaixão de mim!
Miseremini mei! Miseremimi mei!
Tal é o gemido do purgatório, o gemidos das pobres almas esquecidas.









A existência do Purgatório.


O purgatório é um lugar de sofrimentos em que as almas se purificam, solvendo suas dividas, antes de serem admitidas no céu, onde só entrará que for puro. Sua existência se baseia no testemunho da Sagrada Escritura e da Tradição. Vários Consílios o definiram como dogma; Santos Padres e Doutores da Igreja o atestam a uma voz. Há um prisão da qual não se sairá senão quando tiver pago o último centavo ( Mat.18).



20 de ago. de 2010

Magnificat

Minha alma engrandece ao senhor.

E meu espírito se transporta em

santa alegria em Deus meu salvador.

Porque pôs os olhos em sua humilde escrava;

por isso todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Grandes maravilhas obrou comigo o onipotente, cuja nome

é santo.

Cuja misericórdia se estende de geração em geração em todos os que o temem.

Assim ostenta o poder de seus braços, transtorna os desígnios dos soberbos.

Derruba os poderosos do seu assento, e exalta os humildes.

Encha de bens os necessitados e os ricos deixa vazios.

Decretou exaltar Israel seu povo, lembrando-se de sua misericórdia.

Para cumpir a promessa que fez aos nossos pais, Abraão e a todos os seus descendentes.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre por todos os séculos dos séculos. Amém.

19 de ago. de 2010

Seqüência

Vinde, ó santo Espírito,
Vinde, amor ardente,
Acendei na terra vossa luz
fulgente.

Vinde, Pai dos pobres
Na dor e aflições, vinde
Encher de gozo nossos
Corações.

Benfeitor supremo
Em todo o momento,
Habitando em nós sois
O nosso alento.

Descanso na luta e na paz
Encanto,
No calor sois brisa, conforto
No pranto

Luz de santidade, que no céu
Ardeis, abrasai as almas dos
Vossos fiéis.

Sem a vosa força e favor
Clemente, nada há no homem
que seja inocente.

lavai nossas manchas,
a aridez regai, sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas os caminhantes,
animais os tristes, guiai os errantes.

Vossos sete dons conceidei à alma
Do que em vós confia.
Virtude na vida, amparo na morte,
No céu alegria. Amém.

Enviai-nos senhor o Vosso Espírito e tudo será criado
E renovareis a face da terra.

Oremos.

Ó Deus, que instruístes os corações dos fiéis com a luz do Espírito Santo,
concedei-nos segundo o mesmo Espírito, conhecer as coisas retas e gozar
sempre das suas divinas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
filho na unidade do Espírito santo. Amém.