Sufrágio

31 de out. de 2010

Meios Fácil

Sim, é o mais fácil dos meios de socorrer os mortos, a oração. Alguns podem achar difícil o jejum, ou a mortificação, podem se queixar da pobreza que não lhes permite dar esmolas, mas quem pode se excusar e desculpar-se do não poder orar? A mais curta oração feita com as devidas disposições é um alivio para as almas do purgatório. Quem não pode bradar: dai-lhes Senhor, o descanso eterno!
Fêz Nosso Senhor tantas promessas à oração! " Pedi e recebereis, batei e se vos há de abrir. É preciso sempre orar ". A oração de Marta e Maria leva Jesus a ressuscitar Lázaro. Nossas preces pelas almas hão de tirar as pobres almas daquele estado de sofrimento em que se encontram.
As lágrimas, as flores, os mausoléus pomposos nada aproveitam aos mortos. É melhor rezar por eles. " Poupai vossas lágrimas, pelos defuntos dizia São João Crisóstomo, e dai-lhes mais orações".
Escreve Santo Ambrósio numa das suas cartas a Faustinus, que acabava de perder a irmã ; " é preciso assisti-la com orações mais do que chorá-la, e convém recomendar a sua alma muito a Deus na oração.Repitamos também esta recomendação a tantos que choram seus mortos sem se lembrarem de uma prece, de uma Santa Missa, de uma obra de caridade para sufragar-lhes as pobres almas. Quantas orações tão belas e eficazes e poderosas para o sufrágios dos nossos mortos! O Pai Nosso, a Ave Maria, o De profundis, o Ofícios dos mortos. A Igreja nossa Mãe, nos dá exemplo de oração pelas almas. Desde os tempos primitivos, e já nas catacumbas, a prece pelos defuntos era conhecida e praticada na Igreja. É muito agradável a Deus a oração pelas almas. Um dia Santa Gertrudes rezava com fervor pelos defuntos, quando Nosso Senhor lhe féz ouvir estas palavras: " Eu sinto um prazer todo especial pela oração que me fazem pelos fiéis defuntos, principalmente quando vejo que à compaixão natural se junta a boa vontade de tornar mais meritória. A oração dos fiéis desce a todo instante sôbre as almas do purgatório como orvalho refrigerante e benéfico, como bálsamo salutar que adoça e acalma suas dores e ainda as livra das suas prisões mais ou menos rápidamente, confrome o fervor da devoção com que é feita". Noutra ocasião, disse Nosso Senhor a sua serva querida: " Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna". Eis aí um meio tão poderoso de ajudar as pobres almas, e tão fácil, tão ao nosso alcance! Oremos e muito pelas almas!

28 de out. de 2010

Saudade e Oração

Não julguemos que lembrar nossos mortos é ter apenas deles uma saudade que aos poucos vai decrescendo em intensidade, à medida que passam os anos. Chorar nossos mortos e perpetuar-lhes a lembrança no mármore, na tela, no livro é permitido, sim. Porém, não fiquemos só nisto. Juntemos à saudade a oração. Não basta chorar, precisamos orar. E nunca se precisa tanto de orações como depois da morte. No purgatório as pobres almas estão como o paralítico da piscina que dizia a Jesus : - Senhor, eu não tenho um homem que me lance na piscina para ser curado. dependem aquelas almas santas de nossos sufrágios, de nossas orações e sacrifícios. Deus as entregou à nossa caridade. Sempre é eficaz a nossa orações pelas almas. " É infinitamente mais útil e eficaz a oração pela libertação dos defuntos que padecem no purgatório, que a oração pelos pecadores da terra, cuja perversidade e más disposições paralisam os esforços à eficácia das orações que por elas fazemos ". Juntemos à nossas imensa saudade dos mortos nossos queridos, a oração e sempre a oração. Escreveu o P. Sertillanges: " A lembrança dos mortos sem oração, é uma lembrança fria, um triste pensamento. É uma exploração do nada. Porém, com a oração, é um vento que sopra em direção a Deus, é uma ascenção nas asas da esperança." Oremos pelas almas benditas que padecem no purgatório! Demo-lhes a esmola de nossas preces fervorosas e da riqueza das indulgências do tesouro da Igreja. dizia São Francisco de Sales: " Vós que chorais inconsoláveis a perda de vossos entes queridos, eu não vos proíbo de chorar, não! Chorai, mas procurai adoçar vossas lágrimas com o suave bálsamo da oração que muito mais do que todas as demonstrações exteriores de pezar, pode concorrer para aliviar as almas que a morte vos arrebatou". Esta é também a linguagem da Igreja, nossa Mãe. Não proíbe nossas lágrimas. É tão humano chorar ! Todavia não fiquemos tão só num pranto estéril e desesperador. Oremos! Juntemos ao pranto nossas orações. Saudade e oração. Choremos nossos mortos como cristãos verdadeiros.

22 de out. de 2010

Missas Gregorianas

Que são Missas Gregorianas? Antes de responder, vejamos a sua origem. Num mosteiro de São Gregório, um monje chamado Justo, contrariando o voto de pobreza a que são obrigados os religiosos, se apoderou de três moedas de ouro. Quando estava para morrer, arrependido, confessou a um seu irmão a falta. Realmente, se encontraram as três moedas entre os objetos do defunto monge. Chegou isto ao conhecimento de S. Gregório. O santo, que zelava tanto a disciplina e tinha horror a violação do voto da pobreza, proibiu qualquer visita ao enfêrmo. Este sentindo-se abandonado, queixou-se. É o castigo da tua falta contra a pobreza, disseram-lhe. Morreu o Irmão Justo pouco depois e São Gregório não permitiu que fôsse sepultado entre os seus Irmãos. Mandou lançá-lo numa sepultura, fora do convento, e as três moedas de ouro foram enterradas com ele, enquanto a Comunidade repetia as palavras de São Pedro a Simão de Samaria: Pereça contigo o teu dinheiro!
Isto produziu uma impressão profunda entre os monjes, que dali por diante se despojaram de tudo e viveram na mais estrita pobreza. Trintas dias depois, são Gregório, entretando, compadecido da alma do pobre monje, manda celebrar vários dias a Santa Missa por sua alma. Apareceu a alma de justo no fim de trinta dias e disse: "Até agora estava muito mal sofria muito, mas agora estou muito bem, fui admitido na companhia dos Santos". E desapareceu.
O Irmão narrou aos Superiores e contaram justamente trintas dias desde a primeira Missa celebrada. Daí a origem de se mandar celebrar as Missas chamadas Gregorianas, em trintas seguidos. Segundo a crença piedosa , elas libertam as almas por quem são oferecidas. Eis a origem das Missas Gregorianas. A fé que tem o povo cristão na eficácia destas Santa Missas Gregorianas, é piedosa e racional e aprovada pela Igreja, diz a Sagrada Congregação das Indulgências - Decreto - II de março de 1884. As condições são as seguintes: as trintas Missas devem ser celebradas em trintas dias contínuos e sem interrupção. Se por acaso nestes dias caírem os três últimos dias da Semana Santa, a interrupção não altera. Podem ser celebrada depois em seguida. Assim decidiu o Papa Bento XIV. Devem ser aplicadas as trintas Missas por uma só e a mesma alma e não por diversas. À alma cuja libertação se deseja. Todavia, não é necessário que as Missas sejam celebradas pelo mesmo sacerdote, numa mesma igreja e altar. O essencial é que sejam celebradas trintas Missas por um defunto em trintas dias consecutivos. Eis o que são, as condições das Missas Gregorianas. Por que deixar este tesouro, quando nos é possível mandar aplicá-lo no resgate de almas de entes queridos nossos?

20 de out. de 2010

Para que vivo?

A nossa vida só tem razão de ser, se existe vida eterna. É indiscutível que todo o ser tem um fim neste mundo. Por isso, ainda a mais tenra criança, quando nela começa a desperta o uso da razão, pergunta sem cessar:" Porquê? Porquê? Pai, pra que é isto? Mãe, pra que é aquilo?" E não te lembre dizer-lhe que não serve para nada. Porque então perguntar-te-á : Se não serve para nada, então porque existe?
Certa ocasião perguntou São Francisco de Assis a um pedreiro:
-Que estás a fazer, irmão?
Ele responde: -Trabalho todo dia.
-E para que trabalhas?
-Para ganhar dinheiro.
E para que queres o dinheiro?
-Para comprar pão.
-E para que queres o pão?
-Mas que pergunta! Para viver.
-E para que vives?...
Realmente esta é a grande pergunta, a pergunta definitiva.
-Para que vivo? Qual é o objetivo da minha vida? tudo tem fim neste mundo; e precisamente só a vida humana não há de tê-lo? Também em mim cada músculo, cada nervo, cada veia, cada cabelo, cada fibra, tem seu fim determinado; só o conjunto, não o há de ter? Certamente que também eu terei algum fim. Qual será esse fim? Se não há outra vida, o meu fim tem que estar neste mundo. Qual poderá ser, então, este fim? Porventura a riqueza? E poderá a riqueza ser objetivo digno do homem racional? Por muito que logramos entesoirar, teremos de deixar tudo aos herdeiros que se alegrarão com a herança. Podemos ser todos ricos? Por muito que as riquezas se multipliquem, isto não será possível. Haverá sempre uma multidão inumerável de pobres. E todos esses que não conseguiram ser ricos, para que viverão? Além disso quando alcançamos o fim, ficamos satisfeitos? Quando deixa o rico de formar e alimentar desejos? Nunca. É que a riqueza não pode ser nosso último fim. Poderá sê-lo então o prazer, o gozo contínuo, a alegria perene? Também não, porque deste modo a maior parte dos homens não alcançaria o seu fim, por ser tão mesquinho o quinhão que lhes cabe nos banquetes do prazer humano. Além disso, um ser é tanto mais perfeito quanto mais atingir o seu fim. Poderemos, porventura, afirma que é o homem tanto mais perfeito quanto mais tripudie no prazer?! De maneira nenhuma; muito pelo contrário. Talvez seja então quando se sinta mas insatisfeito,mais desiludido, mais triste. Qual será então o fim da vida humana? A fama e a honra? Este pensamento já seria mais nobre. Mas não basta, porque como alcançarão o seu fim, aqueles milhões de desconhecidos que, durante toda vida, cumprem , em silêncio, o seu dever, sem que ninguém os aprecie nem enalteça? Poderá ser este o objetivo? da vida? Lutar durante sessenta ou setenta anos, para depois desaparecer sem deixar rasto sequer? Pode o homem contentar-se com tão pouca coisa? Atiro uma pedra á água e logo começa a formar-se ondas em círculos. Depois de uns momentos, água fica tranquila, completamente lisa. Se atirar uma pedra grande, os circulos de ondas durarão mais tempo, mas também acabarão por desaparecer. Pode suportar-se a ideia de que a vida humana não seja mais alguma coisa? Sair e gritar, eis a vida. Gritar e sair, eis a morte.
Ah! se assim fosse, este pensamento bastaria para nos enlouquecer! Quando o homem se agita sem cessar em busca dos objetivos de sua vida, sem os poder encontrar em nenhuma parte, ao erguer os olhos para a vida ultraterrena, verá desanuviada a terrível incógnita. Claro que eu não encontro o meu fim neste mundo, nem encontro nele o meu posto.... Porquê? Porque Deus não me criou para este mundo. Esta vida terrena não é mais do que o prólogo do livro da eternidade. Na morte desfaz-se o corpo, rasgam-se os véus, e permanece a alma imortal que viverá para sempre.

18 de out. de 2010

Jesus Cristo pregou a vida eterna.

Folheamos o Evangelho, Não aparece outro pensamento tantas vezes e tão diversamente repetido, como o da vida eterna, da fé no outro mundo. Desta verdade parte Cristo, e a ela volta sempre. O fundamento de todos os seus ensinamento é uma só ideia: salva a tua alma! Mas, para que salvá-la, se não há outro mundo?
Examinemos a doutrina do Senhor. Vejamos quantas vezes e com que insistência repete Jesus Cristo que esta vida terrena não é mais que o princípio,um tempo provisório de prova, um prólogo cujo livro só se verá na vida sem fim. Que variadas são as palavras do Senhor relativas à vida eterna! " Estai preparados porque na hora em que menos penseis, há de vir o Filho do homem"
"Vigiai, porque não sabeis o dis nem a hora".
Para que vigiar e orar, se com a morte tudo se acaba? " Trabalhai por ter, não tanto o manjar que se consome, como o que dura para a vida eterna"
"Quem comer deste pão, viverá eternemente". " A porta grande e o caminho largo conduzem à perdição, e são muitos os que entram por ele. Oh ! que estreita é a porta e que apertada é a senda que leva à vida eterna! E que poucos são os que atinam com ela!".
E ai estão estas outras palavras que irradiam amor tão comovedor e profundo: Amou Deus tanto ao mundo, que não descansou até dar o seu Filho unigénito, a fim de que todos os que crêem n'Ele não pereçam, mas vivam para a vida eterna."
Vejamos como prepara os Apóstolos para as perseguições: Não temais aos que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes ao que pode lançar-vos a alma e o corpo no inferno".
fixemo-nos na grande promessa que nos dirige a todos: " Quem como a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia."
Como que incompreensão recebem muitos homens estas palavras de Cristo! " Ressuscitá-lo-ei? Vivera o morto? Será possível ? Não será um exageração atrevida?" Quantos não encolhem os ombros! Quantos incrédulos! Quantos os que zombam desta promessa de Cristo!
Zombam? Sim. Como Zombaram e se riram de Cristo muitos outros durante a sua vida terrena. Como se riram d'Ele quando se acercou da filha de Jairo, que estava morta, e dirigindo-se aos que choravam, lhes disse: " Porque vos afligis tanto porque chorais? A menina não está morta; dorme..." E zombavam d'Ele " - acrescenta a Sagrada Escritura.
Mas Cristo não reparou naquela zombarias. Tomou a mão da menina e disse: " Menina, eu te mando, levanta-te". E ela levantou-se e começou a andar.
Vede como Jesus Cristo ensinou muitas vezes e decisivamente, de inumeráveis modos e com milagres, que a vida terrena continua para além do pó da sepultura, e que há uma vida para sempre. O mesmo ensinam as suas parábolas e comparações, cada qual mais bela.
Os agricultores querem separar a cizânia do trigo; mas o Senhor diz-lhes que ainda não é hora de lhe tocar. Quando chegar o tempo, poderão escolher a cinzânia e deitá-la ao fogo.
Os pescadores escolhem os peixes bons que há na rede e atiram os de má qualidade ao mar.
"Isto acontecerá no fim dos séculos. Virão os anjos e separarão os maus de entre os justos". O homem rico disse ao seu feitor: " Dá-me conta da tua administração". O esposo diz às cinco virgens loucas : Em verdade vos digo, que não vos conheço". Disse o Senhor ao servo fiel: " Muito bem, servo bom e fiel, vem a tomar parte no gozo do teu senhor". Se resumirmos todos estes ensinamentos, temos de concluir que a missão, a vida, a paixão e morte do salvador, se baseiam no dogma inabalável da vida eterna. Por isso estabelece com tantíssima frequência e de uma maneira tão decidida, a diferença que existe entre esta vida terrena e a do Além. Por isso faz ressaltar que esta vida sem fim é a vida verdadeira, a vida feliz e bela. Todas as palavras que pronunciou Cristo, todos os actos que executou, todos os mandamentos que deu, todas as proibições que estabeleceu, pressupõem a vida eterna.




14 de out. de 2010

Alguns exemplos.




Temos tocantes exemplos para nosso estímulo na prática da Comunhão pelos mortos.
Santa Madalena de Pazzi perdera um irmão, e ela o vira no sofrimento do purgatório,
em meio de grandes tormentos. Pôse-se a rezar e sofrer por ele.Um dia, diz esta pobre alma sofredora à irmã: " Minha irmã, eu padeço e necessito de cento e sete Comunhões para me livrar do purgatório". Santa Madalena de Pazzi, com todo o fervor começou logo
a série de Santa Comunhões pela libertação daquela alma querida e o conseguiu..
Costumava a Santa exclamar em êxtase: " Ó Sangue precioso de Jesus Cristo! Piedade, Senhor! Misericórdia! Livrai as almas da prisão de fogo!" E oferecia o sangue de Jesus pelas almas e
comungava muitas vêzes por elas. O venerável Luis de Blois, conta que um piedoso servo de Deus foi visitado por uma alma do purgatório que lhe fêz conhecer os tormentos horrível que padecia. Estava sofrendo muito por ter recebido a Santa Comunhão sem preparação devida.
" Meu amigo, diz a pobre alma num gemido, eu te rogo que faças por minha alma uma comunhão bem fervosora".O amigo piedoso assim o fêz e sem demora. Esta boa Comunhão
obteve o que havia pedido a pobre alma, que se viu livre do suplício. Apareceu Cheia de gratidão a feliz alma salva." Graças, mil graças, meu querido amigo. Vou contemplar a face de meu Deus para sempre!" Não podemos duvidar da eficácia da Santa Comunhãso para alívio dos mortos.
Na vida de uma serva de Deus, Maria Luísa de Jesus se conta que num dia de festa do Corpo de Deus, na hora da Santa Comunhão, Nosso Senhor lhe apareceu e disse: " Eis o meu corpo
que eu entreguei à morte para remissão do gênero humano e que permanece no sacramento do altar". Jesus, diz a vidente, me fêz recitar nove vêzes; Louvado e agradecido seja a
cada momento o santísssimo e Diviníssimo Sacramento, e depois me disse; " Toma tôdas as indulgências e vai ao purgatório aliviar as almas que lá estão prisioneiras".
No momento da Santa Comunhão, Nosso senhor diz a sua serva que tome uma chave simbólica, metade ouro e metade ferro, traduzindo pelo ouro a misericórdia e pelo ferro a justiça, e
vá libertar as prisioneiras do purgatório.Que tocante e belo simbolisno" Na hora de nossa Comunhão pelos fiéis defuntos, por nossas oraçoes fervorosas e pelo méritos
dêste ato tão sublime, como que recebemos das mãos de Nosso Senhor a chave de ouro da Misercórdia e de ferro da Justiça, para podemos com ela pagamos a dívida
das pobres almas e abrir as portas do purgatório. Não só a Comunhão mas, nossas adorações e visitas ao Santíssimo podem aliviar muito as pobres almas.
Quantas indulgências não tem a devoção esucarística! Vamos aproveitá-las pelos defuntos.

11 de out. de 2010

A Comunhão mensal pelas almas do Purgatório.



Sejamos práticos. Precisamos socorrer os mortos e santificar nossa alma.
A sagrada Eucaristia é nosso tesouro da terra e é nossa, nosso alimento, o sacramento dos vivos, dos que peregrinamos por esta vida em demanda da eternidade.
Para nosso proveito espiritual , e, em sufrágio das almas, vamos comungar com mais frequencia.
A Comunhão mensal pelas almas não seria um incentivo poderoso para a nossa vida espiritual e um grande alívio para os mortos?
É célebre a sentença do Papa Alexandre VI; " Todo o que reza, e muito mais ainda quem comunga pelas almas detidas no purgatório, com o desejo de aliviá-las, as obriga à gratidão e remuneração".
A prática da Comunhão mensal pelos fiéis defuntos é muito antiga. Em algumas regiões é muito concorrida e produz frutos maravilhosos.
Começou este piedoso costume em roma, no pontificado do Papa Paulo V, que se mostrou muito favorável a ela e ele mesmo a pôs em pratica, na Cidade Eterna, com frutos surpeendentes.
Era incrível como os fiéis afluíam às igrejas cada mês para sufragar seus mortos queridos pela santa Comunhão. Os sucessores de Paulo V continuaram a devoção que se desenvolveu tanto a ponto de só em Roma se verem num dia trinta mil comunhões pelas almas.
A prática passou de Roma para outras cidades da Itália, depois para a França e muitos países europeus.
Ora, entre nós, onde o povo é tão devoto das almas do purgatório, por que não sé há de generalizar o dia da Comunhão mensal pelas almas?
Cada Comunidade religiosa, cada paróquia deveria ter seu dia mensal das almas.
O dia da Comunhão pelas almas.
De preferência deveria se escolher uma segunda-feira, quanto possível. Nas paróquias talvez um dos domingos, para favorecer o povo.
Oh! quem nos dera tivéssemos cada mês, um dia dos mortos, um dia para as santas almas!
Missa, Comunhão geral, sufrágios e orações pelos mortos!
Entretanto, se esta prática não se faz coletivamente,que nos impede fazê-la em particular, e estimular outros a fazerem o mesmo?
Sejamos apóstolo da Comunhão mensal pelos defuntos. Vamos à Mesa santa levar algum refrigério ao purgatório, pelas nossas orações e sacrifícios em união com Jesus Hóstia.
Dizer com Jesus no coração: "Dai-lhes, Senhor o descanso eterno e brilhe para elas a perpétua luz!
Oferecer o Sangue Preciosíssimo de Jesus ao Eterno Pai, para o alívio das santas almas!
Não podemos fazer tudo isto numa Comunhão?
Há pessoas piedosa e compassivas que oferecem cada segunda-feira uma Comunhão pelas almas.
É a Comunhão semanal pelos fiéis defuntos.
Tanto melhor. De vez em quanto novenas de Comunhões pelas almas.
Como fazem bem a nós e às pobres almas, esta práticas tão edificantes e de tão grande valor!
Façamos o uso da Comunhão por nossos mortos.
Propaguemos o uso da Comunhão mensal pelas almas!

9 de out. de 2010

A Santa Comunhão Pelos Mortos.


Sim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a santa Comunhão, escreveu
São Boaventura: " que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no purgatório".
É verdade que a Eucaristia como alimento espiritual é destinada aos vivos´.
É o cibus viatorum - alimento dos viajores, no expressivo e belo dizer da Liturgia.
Tem por fim sustentar a alma na
peregrinação terra, fortificá-la na luta contra os inimigos.
Como pode ser um auxílio e sufragar os mortos?
Discutiram os teólogos esta questão, mas todos estão de acôrdo que muito
mérito e muitas obras boas faz quem recebe o Corpo de Cristo, e esta união íntima da alma com seu Deus a torna mais agradável e mais poderosa para intercerder pelos mortos, e torna a Comunhão um dos mais poderoso e úteis sufrágios depois da Santa Missa. Dizia Tobias: " Põe o teu pão e o teu vinho sôbre a sepultura do justo".
Como se aplica bem esta passagem da Escritura à Comunhão pelos mortos"
É o Pão de vida eterna e o Vinho transubstanciado no Sangue de Jesus Cristo que vamos colocar em nosso coração para imploramos a misericórdia pelos nossos queridos e saudosos mortos!
A lembrança do mortos unida à Santa Eucaristia é tão bela e consoladora!
Não é só pelo Sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo que se pode aliviar as almas do purgatório. A Sagrada Eucaristia, como sacramento, pode ser grande alívio para os defuntos, principalmente quando os fiéis vivos se unem para aplicar o fruto de uma Comunhão geral. É uma prática autorizada pela Igreja. A Comunhão dignamente recebida é muito proveitosa para os fiés defuntos. Quantos atos bons não se praticam numa só comunhão!
Preparação habitual pelo estado de graça que muitas vêzes custa tanto ao cristão conservá-lo, preparação próxima pelos atos de fé, esperança e de amor, enfim, os sacrifícios que tornam meritória para os defuntos com sufrágio, a Comunhão.
E demias, aquela união íntima da alma com seu Criador e Redentor nos momentos depois da Comunhão, não fazem de quem comunga um mediador entre Deus e as pobres almas, para pedir, com fervor, o alívio dos mortos?
Diz Santo Ambrósio que "a Eucaristia é um sacramento de descanso e paz apara os defuntos e ao mesmo tempo um banquete". Logo, a Comunhão pode aliviar os mortos, na opinião do Santo Doutor. São João Crisóstomo chama a Comunhão, " auxílio dos defuntos".
E São Cirilo, o maior dos auxílios dos defuntos -maximum defunctorum juvamen.
Se soubéssemos quantas graças de santidade podemos atrair para nossas almas com a Santa Comunhão, com a participação do Corpo e Sangue de Cristo, quanto consôlo e alívio podemos dar aos que sofrem no purgatório, sentiríamos um desejo ardete de comungar muitas vêzes pelos nossos mortos e aplicar em sufrágio das pobres almas sofredoras todos os méritos que podemos adquirir com as nossas comunhões fervorosas.
Procuremos fazer boas Comunhões, lembrando-nos de que, quanto melhor as fizemos, tanto mais aliviamos os mortos.




7 de out. de 2010

Depois da Missa....A Comunhão

Não há sufrágio mais poderoso, depois da santa Missa, para socorrer as almas, que a santa comunhão, diz São Boaventura.
A Eucaristia é um sacramento de descanso e paz para os defuntos, diz santo Ambrósio.
E o mesmo afirmam S. Cirilo e S. João Crisostomo.
Procuremos fazer boas comunhões lembrando-nos que quanto melhor as fizermos tanto mais aliviaremos os mortos.
É cérebre a sentença do Papa Alexandre VI : " Todos que rezar, e muito mais ainda quem comunga pelas almas, com desejo de ajudá-las as obriga a agratidão e remuneração".
O Papa Paulo V estimulou a prática das comunhões pelas almas padecentes.
O Venerável Luiz Blois tendo feito uma comunhão muito fervorosa por um amigo que sofria no purgatório, recebeu a sua visita, com estas palavras: "Graças, mil graças, meu amigo. Vou contemplar a face de meu Deus para sempre".

6 de out. de 2010

Nunca meditemos na morte sem meditarmos no Purgatório


É este o sentido da Liturgia nos funerais.

Estas preces tocantes e belas, estes ritos impressionantes e cheios de majestade, lembram-nos a nossa dignidade de cristãos, a dignidade de nosso corpo, sacrário de uma alma imortal e templo do Espírito Santo, destinado a ressucitar um dia e comparecer no Tribunal do Juízo.
lembram-nos a tristes condição de uma pobre alma ao comparecer diante de Deus, e implora misericórdia ao Juiz dos vivos e dos mortos.
Sim, não podemos, como cristãos e filhos da Igreja, separar o pensamento da morte do da eternidade. E como sabemos qual é a justiça de Deus, não deixaremos de considerar que após a morte, ai vem o Purgatório para quasi todos nós, e que lá na expiação, há muitas almas queridas pelas quais somos obrigados a orar por dever de Justiça e de caridade.
Eis pois, repito, o sentido da meditação da morte e da Liturgia dos mortos.
Não é um pensamento de morte, não estão vendo?
É ao invez um pensamento de vida.
Vita mutatur non tollitur, diz o Prefácio dos defuntos.
A vida não foi tirada, nem desapareceu, mudou-se apenas.
De terrena passou a ser eterna.
Eis como o cristão pensa na morte!

5 de out. de 2010

No Purgatório


Quando levamos nossos mortos queridos à sepultura, costumamos dizer: descançaram!......
Sim, descançaram das fadigas e lutas desta vida que é um combate no dizer expressivo de Jó:
-a vida do homem neste mundo é um combate. Porém, descançaram já no seio de Deus?
Estão já no eterno repouso do céu?
Ai! é tão grande a fragilidade humana, que bem poucos, raríssimos, são os que deixaram esta vida e entram logo no céu.
Os mortos entram, sim, na paz do Senhor, mas na paz da Justiça, geralmente na paz da expiação do Purgatório.
O Purgatório é lugar da paz. Lá habita a doce paz dos eleitos, dos que resignados e cheios de amor e de dôr cumprem a sentença e se purificam à espera do céu.
Já se chamou ao Purgatório, e com razão, o vestíbulo do paraiso.
É o pórtico da eternidade bem-aventurada.
Sim, nossos mortos descançam, mas sofrem, e sofrem muito mais do que tudo quanto padeceram nesta vida. O fogo das provações neste mundo, queima a palha. O fogo do Purgatório acrisóla o ouro.
É terrivel Em face da morte deveriamos pensar na expiação das pobres almas que foram prestar contas a Deus e talvez sofram no Purgatório.
Não digamos comodamente: estão no céu! estão no céu! Com isto padecem almas no Purgatório.
A Igreja pelas lições impressionantes da sua Liturgia quer que associemos ao pensamento da morte o da eternidade.
E, diz o Prefácio da Missa dos defuntos: si a condição da morte nos entristece, console-nos a promessa da imortalidade futura.
E depois, quantas vezes gemendo sobre nós, clama: Dai-lhes, Senhor, o descanço eterno!
Dai-lhes o descanço eterno!
Implora misericórdia para nossa pobre alma, lembra o juizo tremendo de Deus, e quer nos aliviar na chamas expiadoras do Purgatório.