Sufrágio

23 de set. de 2011

São Pio De Pietrelcina e as Almas.


Salvação das Almas.

Padre Pio suportou tudo pela salvação das almas. Era o primeiro a levantar-se às 3:30 h e o último a sair da igreja. Atendia em confissão até tarde da noite e continuava em oração pelos casos difíceis e dolorosos. Por cinquenta anos trouxe em seu corpo as chagas visíveis de Cristo. Caminhava com dificuldade em virtudes das muitas dores decorrentes das chagas nos pés.
Dizia: " Se ao menos quisessem aproveitar as graças pelas minhas dores, se soubessem o preço que pago para resgatar tantas almas".
"As almas! As almas! Se alguém soubesse o preço que custam".


São Pio De Pietrelcina, Rogai por nós!.

18 de set. de 2011

A Fé na vida Eterna


 "A fé na vida eterna é energia para a vida".

Quem não crer na vida eterna assemelha-se a uma ponte que ruiu no meio do rio, e já não pode alcançar a outra margem. Pelo contrário quem tem fé, recebe das suas crenças asas com que pode remontar-se às maiores alturas, por cima do mundo. Não deixava de ter razão um sociólogo americano ao afirmar que a fé na alma imortal, e o esforço que se faz para lograr a eternidade é " o maior fato de civilização de toda a historia"; porque esta fé, ao fixar um objetivo à vida do homem transforma-a por completo.
A fé na vida eterna é que da ao Cristianismo a importância e valor, a sua força sublime e a sua magnifica atividade. É o objetivo que necessariamente temos de alcançar. Quem não vive a vida religiosa dos cristãos fervorosos, não pode conceber a imensa força moral que dimana da fé na vida eterna. Quanto não rezam e lutam os fieis para a alcançar! Quantas mortificações e outras boas obras não praticam! Precisamente por causa desta crença, existem os sacramentos, o sacrifício e a abnegação, os jejuns e a auto-disciplina, as igreja, os conventos, as imagens sagradas, os crucifixos, as peregrinações. Daí provém a luta incessante contra a nossa própria natureza propensa ao mal. Daí, ainda a grave seriedade com que se escutam as palavras do Senhor:  "Procurai por entrar pela porta estreita, porque vos asseguro que muitos procurarão entrar e não conseguirão".  Há quem nos lance em rosto que o Cristianismo amesquinha o valor desta vida, por falar continuamente da vida futura, e da eternidade. É exatamente ao contrario: a fé na vida eterna aumenta o valor da vida terrena.  Segundo o nosso modo de ver, a vida eterna depende da vida que se leve neste mundo. Por isto precisamente aos nossos olhos adquire um valor imenso a vida que aqui vivemos. Da fé na vida eterna nasce a preseverança incansável no trabalho. Isto parece uma contradição. Contudo, o trabalho fatigante e monótono de todos os dias sobre o qual se baseia e se sustenta a civilização humana, somente podem suportá-la aqueles em cuja alma a fé gravou, com fogo, a consciência do dever, a segurança de que cumprem exatamente os deveres da vida terrena. Por outra parte, a fé na vida eterna contem, igualmente, nos justos limites, o trabalho humano e o desejo instintivo de entesourar riquezas neste mundo. Quem não crer na continuação da vida terrena, cifra todo o seu afã, naturalmente, em apegar-se com os dez dedos ao dinheiro e aos bens materiais; não os repartirá com ninguém, e para os conseguir chegará a atropelar a todo mundo. Quem vive da fé na vida eterna, considera transitória esta vida, e não reconcentra nela todos os seus cuidados, todo o seu trabalho.  A este cristão fiel não lhe bastará tudo o que lhe possa oferecer o mundo. O que ele quer é a felicidade eterna. Tem por modelo do seu ideal a S. Filipe Néri. Ao ouvir o santo que o Papa queria faze-lo cardeal, lançou ao ar o barrete e exclamou :
- " Paraíso! O que eu quero é o paraíso e não a púrpura! ".
A estes homens, não lhe basta a "eternidade" que apregoam os incrédulos:
- " os teus átomos seguirão rodando sempre no espaço, já que nada se perde", " levantar-te-ão uma bela estátua"....
Oh! isto a mim não me basta. Ao morrer que não se escreva a minha vida com letras mortas, num papel morto; que não se me erija uma estátua, para que a minha imagem, talhada em pedra morta ou bronze, continue de pé, muda e cega, à beira do caminho.... Quero uma vida para além da morte. Quero a vida real, a vida eterna. Quem me criou para a vida eterna, há de dar-me então vida nova, uma vida mais bela, mais feliz e que nunca se extinguirá. Tal é o fim sublime para que nos impele a fé na vida eterna.

11 de set. de 2011

O fogo do Purgatório.

Além do sofrimento da pena do dano ou da privação da vista de Deus, da posse da visão beatífica, a Igreja nada definiu sobre a natureza das outras penas do Purgatório.  O Concílio de Florença diz que as almas são privadas temporariamente da visão beatífica e são purificadas de toda mancha por penas expiadoras. Dentre estas penas está a dos sentidos, e comumente concordam quase todos os autores, se trata da pena do fogo no purgatório e um fogo terrível criado pela justiça Divina, para purificação dos justo, para acrisolar o ouro das almas. Os teólogos em geral e em sentença comum, afirma que se trata de fogo verdadeiro e não metafórico. Fogo que queima mil vezes mais que o fogo da terra, que comparado a ele não é mais do que o de uma pintura para a realidade. Os santos Padres e os Teólogos escolásticos admitem o fogo real. Como pode um fogo material atormentar a alma que é espiritual?  É um mistério. todavia, não temos outro mistério que é o da alma espiritual agir sobre o corpo material  Por que a justiça de Deus não poderia fazer com que o fogo material agisse sobre a alma espiritual?   Diz claramente santo Tomás de Aquino:
" No Purgatório há dois sofrimentos: a pena do dano, que consiste no retardamento da visão de Deus, e a pena dos sentidos, castigo proveniente de um fogo material. A questão do fogo do Purgatório foi muito discutida no século IV. Santo Agostinho conclui pela existência do fogo material. No século XIII Santo Tomás segue a opinião de Santo Agostinho. A pena do fogo! Como é terrível! Não é menor em intensidade do fogo do inferno. Este fogo, diz São Gregório Magno, instrumento da Divina Justiça, faz sofrer mais tormentos e muito mais cruéis do que tudo quanto sofreram os mártires nos suplício inimagináveis. As maiores dores são as que afetam a alma, comenta Santo Tomás. Toda a sensibilidade do corpo vem da alma. O que não será uma dor que vem ferir diretamente a alma?  Pois o fogo material, fogo misterioso, dotado de um poder extraordinário, pela justiça Divina, atinge directamente a alma e a fere dolorosamente. Que fogo, meu Deus! que castigo tremendo! Como sofrem as pobres almas nesta fornalha abrazadora! Tantas revelações particulares nos mostram o fogo do Purgatório, fogo real, fogo terrível. verdadeiro fogo.
Porque discutir quanto a unanimidade quase dos Doutores e santos Padres e tantos teólogos seguros nos falam com uma eloquência tão impressionaste da realidade do fogo do Purgatório?  São Boaventura escreve: " O fogo do Purgatório é um fogo material que atormenta a alma dos justos que não fizeram penitencia neste mundo. Fogo! Esta palavra faz tremer. Já exclamava Isaías: que dentre vós poderá habitar em meio de um fogo devorador?  Façamos penitencias agora, aliviemos o fogo de nosso Purgatório.
É terrível o fogo que nos espera!

5 de set. de 2011

As almas do Purgatório na Hora da Morte dos que as Socorrem.


É certo, diz um autor, a ingratidão não pode existir no Purgatório. Aquelas benditas almas hão de proteger e socorrer os que as aliviam nesta vida com seus sufrágios. O célebre Cardeal Baronio conta que uma pessoa devota das almas foi terrivelmente tentada na hora da morte. Estava desolada e quase em estado de desespero, quando uma multidão de pessoas veio em seu auxílio. Logo ficou livre de toda tentação e entrou em doce paz. Perguntou curiosa: 
- Que multidão é esta que entrou aqui e na mesma hora senti tanto alivio e fui socorrida pelo céu?
- Somos as almas que tirastes do Purgatório, responde uma doce voz e viemos buscar vossa alma para juntos entramos no céu. Ao ouvir estas palavras, a agonizante feliz sorriu e expirou:
São Felipe Néri era também devotíssimo das almas, e, cheio de caridade, nunca deixou de socorre-las em toda sua vida. Muitas vezes lhe apareceram para lhe testemunhar uma gratidão profunda. Depois da morte do Santo, um dos seus confrades o viu na glória do céu, cercado de uma multidão de bem-aventurados no esplendor da glória eterna.
- Que corte é esta que vos cerca?   pergunta o Padre.
- São as almas que livrei do Purgatório e que salvei. Vieram me acompanhar na glória.
Um dia Santa Brígida, numa visão que teve do Purgatório, ouviu a voz de um anjo que descia do céu para consolar as almas e repetia:
- Bendito seja aquele que ainda na terra enquanto vivo, ajudar as almas do Purgatório com suas orações e boas obras! A justiça de Deus exige que necessariamente as almas sejam purificadas pelo fogo, e as obras dos amigos das almas as possam livrar do sofrimento.
Dos abismo a Santa ouviu também esta suplica:
" Ó Cristo Jesus, nosso Juiz justíssimo, em nome da vossa misericórdia infinita, não olheis as nossas faltas que são inumeráveis, mas os méritos do vosso Preciosíssimo Sangue na Paixão! Senhor, fazei que os eclesiásticos, religiosos e prelados, com um sentimento de caridade que vós lhe dareis, venham nos socorrer em nossa triste situação por suas orações,esmolas e indulgências, que eles nos tirem de nossa tristes situação."
Outras vozes respondiam agradecida: Graças, mil graças, Senhor, a todos os que nos aliviam em nossas desgraças. Senhor, que o vosso poder pague o cêntuplo aos nossos benfeitores que nos levaram a vossa eterna e divina luz.
Era a voz da gratidão do Purgatório. Na morte e depois da morte seremos recompensados pelo que tivermos feito em sufrágio das benditas almas do Purgatório.